6° ano - Hipátia
Em celebração ao Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, os alunos do Colégio Santo Antônio de Lisboa tiveram a oportunidade de conhecer duas mulheres excepcionais que deixaram sua marca na história da Matemática, desafiando obstáculos e preconceitos para alcançar um lugar de destaque nessa ciência tão precisa e exigente.
Os alunos do sexto ano realizaram pesquisas sobre Hipátia, reconhecida como a primeira mulher matemática da história.
HIPÁTIA
Hipátia de Alexandria, uma renomada matemática, astrônoma e filósofa neoplatônica, viveu durante o período do Egito Romano, nascendo por volta de 355 d.C. Influenciada desde cedo por seu pai, o filósofo e astrônomo Theon, Hipátia destacou-se como uma das primeiras mulheres registradas na História a realizar contribuições notáveis para os campos da matemática e filosofia.
Leccionando filosofia e matemática em Alexandria, Hipátia atraiu uma considerável quantidade de alunos. Sua obra abrangia diversas áreas, desde álgebra, geometria até astronomia e filosofia, embora parte de seus escritos tenham se perdido ao longo do tempo.
Acredita-se que Hipátia tenha sido brutalmente assassinada em 415 d.C. por uma multidão de cristãos extremistas; contudo, as circunstâncias precisas e os motivos subjacentes à sua morte continuam a ser objeto de debates e interpretações. Sua tragédia é frequentemente vista como um símbolo da intolerância religiosa e do declínio da era clássica de Alexandria.
Como uma figura proeminente na cidade, Hipátia, enquanto mulher e pagã, enfrentava considerável ressentimento por parte dos cristãos, particularmente em um período marcado pelo crescente conflito entre pagãos e cristãos em Alexandria. Sua morte é amplamente interpretada como um marco do declínio da influência da filosofia pagã e da ascensão do poder da Igreja Cristã na região.
Apesar do desfecho trágico de sua vida, o legado intelectual de Hipátia perdura, inspirando gerações por sua dedicação ao conhecimento e sua coragem diante das adversidades. Hoje, as mulheres desfrutam de mais oportunidades para se envolverem em diversos campos, incluindo a matemática e outras áreas científicas e acadêmicas. Embora ainda enfrentem desafios, como disparidades de gênero na representação e discriminação, muitas mulheres estão fazendo contribuições significativas para a matemática e outras disciplinas STEM. Elas estão envolvidas em pesquisa, ensino, desenvolvimento de políticas e promoção da igualdade de gênero no campo acadêmico e profissional.
Confira, abaixo, alguns desenhos que representam HIPÁTIA, feitos pelos alunos do 6° ano.
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Figura 1 – Arthur Medeiros – 6° A
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Figura 2 – Bernardo Almeida – 6° ano A
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Figura 3 – Cauã Dias – 6° A
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Figura 4 – Isabella Velloso de Souza – 6°A
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Figura 5 – Izabela de Souza Pires – 6° A
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Figura 6 – Julia Lorraine Neves Dias – 6° A
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Figura 7 – Laura Pucci Cascapera – 6° A
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Figura 8 – Leonardo Pagnan Martinez – 6° A
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Figura 9 – Letícia Cabral Tavares – 6° A
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Figura 10 – Lorena Kakionis Viana – 6° A
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Figura 11 – Nina Garcia Carvalh0 – 6° A
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Figura 12 – Noan Gomez Rotem
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Figura 13 – Pietro dos santos Fernandes Dias
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Figura 14 – Stella Gonçalves Campos – 6° A
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Figura 15 – Emily C. Andrade – 6° B
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Figura 16 – Yasmin Fernandes Pereira – 6° B
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Figura 17- Ligia Felix Evangelista
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Figura 18 – Vinicius Luiz Calafiori Bertucalli – 6° B
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Figura 19 – Miguel Silva Gonçalves – 6° B
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Figura 20 – Guilherme R. Bezerra Calhau – 6° B
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Figura 21 – Miguel Torres Munhoz – 6° B
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Figura 22 – Tiago Segarra de Barros – 6° B
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Figura 23 – Nathália Mei Taira Takara – 6° B
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Figura 24 – Arthur Catarino Ruiz – 6° B
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Figura 25 – Luísa Castaño Iacoponi – 6° B
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Figura 26 – Isabelly Queiroz Lima – 6° B
7° ano - Katherine Johnson
Os alunos do sétimo ano foram convidados para assistir ao filme “Estrelas Além do Tempo”, que narra a emocionante e verídica história não revelada de Katherine Johnson (interpretada por Taraji P. Henson), Dorothy Vaughan (interpretada por Octavia Spencer) e Mary Jackson (interpretada por Janelle Monae) – três mulheres afrodescendentes notáveis que desempenharam papéis fundamentais na NASA. Elas foram os cérebros por trás de uma das maiores operações da história: o lançamento do astronauta John Glenn. Esta incrível realização não apenas cativou o mundo, mas também serviu de inspiração para várias gerações, encorajando-as a sonhar alto e perseguir seus objetivos com determinação.
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Destacamos Katherine Johnson como uma figura central na história retratada no filme. Dotada de uma brilhante mente matemática, Johnson desempenhou um papel fundamental na NASA, contribuindo significativamente para o sucesso de diversas missões espaciais emblemáticas:
- Projeto Mercury: calculou a trajetória para o voo espacial de Alan Shepard, o primeiro americano no espaço (1961);
- Projeto Gemini: calculou as trajetórias de várias missões, incluindo a que acoplou duas naves espaciais pela primeira vez (1966);
- Programa Apollo: verificou os cálculos de trajetória para a missão Apollo 11 que levou o homem à Lua (1969).
- Ônibus espacial: calculou as trajetórias de lançamento e reentrada dos ônibus espaciais.
Johnson foi uma das pioneiras do grupo de “computadoras humanas” da NASA, um conjunto de mulheres afro-americanas responsáveis por realizar cálculos complexos antes da era dos computadores modernos. Sua habilidade e dedicação foram cruciais na transição da NASA para o uso de computadores, ajudando a programar e verificar os primeiros softwares de navegação espacial.
Enfrentando o racismo e o sexismo ao longo de sua carreira, Katherine persistiu, tornando-se uma líder e mentora para outras mulheres e minorias nas áreas da ciência e engenharia. Seu exemplo inspira jovens mulheres e minorias que buscam carreiras em STEM, destacando que a determinação e a inteligência podem superar quaisquer barreiras.
O legado de Katherine Johnson transcende fronteiras, continuando a motivar pessoas ao redor do mundo a perseguir seus sonhos e alcançar grandes feitos. Suas contribuições fundamentais para a matemática e a exploração espacial foram pilares essenciais para o sucesso dos programas espaciais dos Estados Unidos, destacando que, independentemente de origem ou circunstâncias, todos têm o potencial de deixar sua marca na ciência e no mundo.
Abaixo, alguns relatos de alunos sobre Katherine Johnson e a importância das mulheres:
“Antigamente as mulheres não eram tão representativas na Matemática; pelo contrário, os homens eram mais presentes e o machismo era uma rotina. Os homens privavam as mulheres até na hora dos estudos e na hora do trabalho, mas Katherine Johnson não permitiu que nada disso acontecesse com ela. Mesmo passando por cima de obstáculos, ela se destacou…”
Maria Alice – 7° A
“Atualmente, questões relacionadas à presença feminina em diferentes espaços, comunidades e academias científicas e o seu papel enquanto protagonista no campo da construção dos conhecimentos matemáticos têm ganhado força, graças a algumas mulheres que se destacaram como Katherine Johnson…”
Kadu Neri Duque – 7° A
“Houve um tempo em que as mulheres não podiam trabalhar; mas, com o passar dos anos, elas conseguiram seu lugar no campo de trabalho e, até hoje, ainda existem diferenças, principalmente salariais…”
Miguel Taqueuti – 7° A
“Ao longo dos anos, as mulheres têm desafiado estereótipos e preconceitos, emergindo como figuras proeminentes e influentes. Nesse campo crucial do conhecimento humano, é essencial reconhecer não apenas suas contribuições significativas, mas também os desafios que enfrentam e as barreiras que continuam a derrubar…”
Giovanna de Sá – 7° A
“Mary Jackson foi a primeira engenheira negra da NASA, sendo um exemplo de que vale a pena persistir. Ela foi um exemplo para várias outras mulheres que tinham esse sonho.”
Maria Clara Almeida – 7° A
“Embora historicamente sub-representadas nesse campo, as mulheres matemáticas têm feito importantes contribuições em diversas áreas, incluindo álgebra, geometria, análise, estatística e muitas outras.”
Vittorio – 7° A
“Sua precisão, habilidades matemáticas e determinação desafiaram estereótipos de gênero e raça, abrindo portas para outras mulheres na matemática e nas ciências em geral.”
José Arthur – 7° A
João Gabriel, estudante do 7° ano A, motivado pela inspiradora trajetória de Katherine Johnson e consciente da importância das mulheres no mercado de trabalho, teve a oportunidade de entrevistar Ângela Auler, uma profissional de Tecnologia da Informação com uma experiência de 34 anos na área.
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“Desde a antiguidade, existiram mulheres que contribuíram para o campo da matemática e precisam ser reconhecidas pelos seus feitos…”
Enzo C. Schultz – 7° A
“Eu contava tudo. Contava os passos na rua, os passos até a igreja, o número de pratos que eu tinha lavado. Tudo que pudesse ser contado!” Katherine Johnson.
Henrique Fiorin – 7° B
“Minha cena favorita foi quando Katherine quase se matou para salvar um astronauta. Ao chegar na sala de lançamento, não queriam deixá-la entrar pois era mulher e negra, sem a credencial de brancos!”
Gabriela Radaic – 7° B
“Katherine Johnson optou pela matemática por interesse em pesquisas na área. Um caminho com muitas portas fechadas para mulheres e negras.”
Manuela Saleh – 7° B
“Na Nasa, os banheiros para mulheres negras ficavam muito longe… Elas lutaram pela igualdade. Katherine Johnson foi a primeira negra a ser escolhida para ingressar em um curso de pós- graduação.”
Emilly Ziqi Ye – 7° B
“As mulheres desempenharam e continuam a desempenhar papéis significativos no campo da matemática e Katherine Johnson é um exemplo inspirador dessa importância.”
Antonio Gustavo H. Marques- 7° B
“Todos sabemos que as mulheres estão conquistando o seu espaço. Eu acho isso ótimo, pois os homens não sabem fazer tudo!”
Diego Barbieri – 7° B